herança judaica do Brasil
Um leitor não sei me enviou o seguinte artigo não solicitadas. E enquanto eu não classificar os cristãos do mundo como sendo verdadeiros cristãos, nem o “Santo Ofício”, como santo, e não sei se alguns dos 12 mil da tribo de Judá, virá do Brasil (embora alguns podem, como o artigo sugere),eu pensei que este artigo seria interessante para os leitores brasileiros e outros como Brasil, normalmente é visto como um todo “nação católica”:
Nesse artigo, eu planejo dar vários argumentos comprovados que mostram que parte dos brasileiros tem ascendência judaica. Os fatos mencionados aqui podem ser desconhecidos para muitos, mas eles são historicamente verdadeiros e podem ser provados. Porém, o percentual da população brasileira que descende dos judeus é alvo de discussão. Algumas fontes indicam que, pelos menos, 1/10 (um décimo) da população no Brasil hoje têm ascendência judaica; outras diriam 45% ou até mesmo 50-60%.
Brasileiros descendem principalmente dos portugueses (que colonizaram o país), os africanos (antigos escravos) e dos índios.
Então, como os judeus chegaram ao Brasil?
Os judeus chamavam a Península Ibérica “Safarade” (Obadias v. 20). Tem havido judeus na Península Ibérica desde tempos remotos. Se você procurar por Társis num mapa bíblico, verá que ela era localizada na Península Ibérica. A Bíblia faz referência a Társis em alguns versículos (2 Cr. 9:21, 20:36; Sl. 48:7, 72:10; Is. 23:14; Jo. 1:3). O termo hebraico para “hebreu” é “ivri” e é dito que os judeus deram a Safarade o nome de “Iveria”, que, de acordo com um site judeu, significa “o lugar dos hebreus” (note a semelhança com “Ibéria”).
Em 1492, a Rainha Isabel I de Castela e Rei Fernando II de Aragão expulsaram da Espanha todos os judeus espanhóis que se recusaram a se converter ao catolicismo (os convertidos eram chamados marranos, conversos ou cristãos-novos), muitos dos quais (cerca de 60.000) fugiram para Portugal, onde puderam praticar sua religião livremente for alguns anos. Em 1497, uma lei entrou em vigor em Portugal que exigia a expulsão da comunidade judaica do país. Temendo deixar tanta gente (e dinheiro) partir, Dom Manuel (Rei de Portugal) exigiu a conversão de todos os judeus ao catolicismo num período de 10 meses – se não o fizessem, eles teriam que deixar Portugal e suas colônias ultramarinas. Em abril de 1499, uma lei entrou em vigor que proibia todos os cristãos-novos de deixarem o país. [pt.wikipedia.org/cristao-novo]
O Brasil foi uma colônia portuguesa do século 16 ao 19. Os judeus chegaram aos Brasil em 1500 (ano de sua descoberta) nos primeiros barcos a chegar ao país. Houve tempos nos quais eles puderam praticar sua religião livremente, mas o Santo Ofício visitou o Brasil 2 vezes (1591-95/1618) buscando qualquer traço de Cripto-judaísmo (judeus que praticavam suas crenças judaicas secretamente, fingindo que não o faziam). Eles eram forçadas a ser batizados e receber nomes e sobrenomes portugueses (os mais comuns entre eles sendo Rodrigues e Nunes).
“Nos primeiros 250 anos da nossa história formal a presença judaica, embora expressiva, manteve-se na clandestinidade por força dos editos de expulsão em Portugal (1496-1497) e da violência da Inquisição…
Paradoxalmente, o fim da discriminação contra os cristãos novos (1773) e a diminuição do ímpeto inquisitorial fizeram desaparecer da vida brasileira quaisquer traços judaicos.” (Morashá, edição 26, 1999, “A Presença Judaica no Brasil”)
Uma edição de Julho de 2008 da revista Morashá continha um artigo intitulado (Origens Judaicas do Povo Brasileiro) de Rachel Mizrahi. Ela escreveu: “Nenhum país das Américas tem história tão marcada pela presença do povo judeu como o Brasil.”Ela continua: “Apesar das proibições legais, grande número de cristãos novos buscou as possessões americanas. No Brasil, podiam ser encontrados em todas as capitanias, posicionados em diversas ocupações…”
Anita Novinsky (escritora especializada no assunto da história judaica no Brasil) escreveu na página 67 do seu livro “Cristãos-Novos na Bahia) que de 10 a 20% da população branca de Salvador (capital da colônia e principal porto) tinham ascendência judaica.
Um artigo intitulado “A Comunidade Judaica na Bahia” pela historiadora Esther Regina Largman em www.morasha.com (Revista Judaica Ortodoxa – edição 36, março 2002) revela os seguintes comentários: “A memória e história dos imigrantes, antes mergulhadas na apatia e desinteresse, estão sendo resgatadas por novos estudos. Personagens que numa vinda temerária atravessaram um oceano, deixando para trás sua língua, seus hábitos, seu cotidiano e até a própria família… Os réus dos tribunais da Inquisição são testemunhos preciosos. Quando a Carta de Lei, de 25/05/1773 do Marquês de Pombal decretou a distinção entre cristãos-novos e velhos, no reinado de D. José II, os remanescentes já haviam esquecido suas origens – pois haviam-se tornado bons católicos…”
Um viajante francês chamado François Froger foi ao Rio de Janeiro em 1695 e disse que, pelo menos, ¾ (três quartos) da sua população era de origem judaica [1].
66% dos casamentos entre 1670 e 1720 no Rio de Janeiro foram entre cristãos-novos.
No século 18, os judeus (marranos) constituíam aproximadamente de 15 a 20% da população na Bahia, Rio de Janeiro e Minas Gerias [2], enquanto metade da população branca na Paraíba também era de origem judaica [3]. Essas estatísticas não incluem os cristãos-novos brasileiros que nunca foram perseguidos ou presos (pois os números são contados baseados em documentos históricos inquisitoriais do Santo Ofício).
Os holandeses invadiram o Brasil em 1624 e governaram principalmente sobre Pernambuco até 1654. Eles trouxeram consigo muitos marranos e muitos outros vieram de outras partes da colônia para Pernambuco, onde tiveram relativa liberdade religiosa. Eles chegaram a construir uma sinagoga (que mais tarde foi desativada pelos espanhóis quando eles tomaram o território). Durante a “ocupação holandesa”, havia mais judeus em Recife (capital de Pernambuco) do que em Amsterdã [4].
Veja esse interessante artigo do site Jewish Encyclopaedia (tradução minha):
“Em 1610, os médicos da Bahia já eram mencionados, que são descritos como sendo cristãos-novos em sua maioria, que prescreviam carne de porco para que diminuir suspeitas e acusações de “judaizar”. Pyrard, o historiador que visitou o lugar em 1610, declara que havia um rumor na época que o rei da Espanha ‘deseja estabelecer a Inquisição aqui, pelo qual os judeus estão muito atemorizados. ’
Se as pessoas a quem Pyrard se referiu eram observadores da fé judaica é um questão duvidosa; ele provavelmente se referia a pessoas da raça judaica. É certo que a profissão aberta do judaísmo não era tolerada naquele tempo.
Os princípios da historia dos judeus na Bahia, como em outras partes do Brasil, estão embaladas em obscuridade, principalmente pela razão de que os primeiros colonizadores judeus eram marranos ou cristãos-novos. Eles tinham deixado Portugal, quando ficou muito difícil para eles continuar lá por causa da vigilância extrema da Inquisição.
Apesar da Inquisição nunca ter sido estabelecida no Brasil, os seus agentes estavam lá quase que do próprio início e, em um tenro período, os cristãos-novos eram mandados de volta à Europa para enfrentar julgamentos ante ao Santo Ofício. Por isso, logo tornou-se necessário aos marranos no Novo Mundo que eles colocassem a máscara como tinham feito em sua terra nativa. Geralmente, eles mantinham seu judaísmo em segredo, especialmente na Bahia, pois a cidade logo se tornou o assento dos jesuítas e o lugar mais católico da colônia, contendo mais de 62 igrejas no início do século 17.
Os judeus secretos na Bahia parecem ter sido muito numerosos no início do século 17. In 1618, Dom Luiz De Sousa foi especialmente responsabilizado pela Inquisição de enviar a de volta [a Portugal] uma lista de todos os cristãos-novos no Brasil, com informações bem exatas que poderia ser obtida de sua propriedade e moradia. Eles estavam entre os habitantes mais ricos da Bahia, alguns dos quais valiam de 60.000 a 100.000 crusados. ‘Mas,’ observa os historiador, ‘eles eram desprezados pelos compatriotas preconceituosos e corriam o constante perigo de perder sua propriedade através de agentes do Santo Ofício.’
Nesse período os holandeses iniciaram seus esquemas ambiciosos pela conquista do Brasil. Em conexão com as primeiras intrigas, menção especial é feita a um Francisco Ribieiro, um capitão português estacionado próximo a Bahia que é descrito como tendo parentes judeus na Holanda.
Foi somente quando grande perturbação aconteceu ou quando algum poder protestante se levante no Brasil que a população judaica apareceu distintivamente como judeus. Em tais ocasiões, os cristãos-novos tiravam a máscara, se juntavam ao libertador, e proclamavam abertamente sua aderência à crença anciã. Enquanto centenas de outros judeus secretos tinham vivido na Bahia quase que desde sua fundação, só apenas no período da invasão holandesa que eles aparecem como aderentes da fé judaica. A guerra holandesa veio a eles como alívio, pois ela, apenas, preveniu a introdução da Inquisição”
“… os cristãos-novos foram finalmente absorvidos na população católica do Brasil.
Depois de 1765, e por todo século 19, judeus não são mencionados como uma classe na Bahia.”
Eu vivo na Bahia e posso dizer que há lugares com nomes sugestivos, como Nova Canaã e outros nomes de lugares que se referem à terra de Canaã e aos cristãos-novos.
Então, os brasileiros são parcialmente de origem judaica. Diz-se que os descendentes do Rei Davi habitam essa terra. Esses fatos não são muito bem conhecidos. Eles são suprimidos e há um pouco de especulação sobre eles. Porém, a ascendência judaica brasileira é uma verdade que não pode ser negada. Esse assunto tem cada vez mais aumentando o interesse de muitos brasileiros de olhar para a história de suas famílias para encontrar qualquer evidência de suas reais origens e históricos.
A Bíblia menciona 12.000 fiéis descendentes de Judá no fim (Ap. 12). Não seria de se admirar que alguns deles viessem do Brasil.
[1] François Froger Rélation d´um Voyage fait em 1695, 1696 et 1697 aux cotes d´Afrique, detroit de Magellan, Bresil, Cayenne et Isles Antilles par une esquadre des vasseaux du Roi, commandée par M. de Gennes faite par lê Sieur Froger , Ingenieur volontaire sur le vaisseau le Faucon Anglois. Amsterdam, chez les heritiers d´Antoine Schelte, MDCXCIX, p74-75
[2] Ferreira, Lina G., Heréticos e Impuros; Novinsky Anita, Cristãos-Novos.
[3] Maximiano Lopes Machado,Historia da Provincia da Paraiba,Edt.Universitaria, ,2°ed.,Ed.Universiddade Federal da Paraíba
[4] Wiznitzer, Arnold , Jews in Colonial Brazil , ed. Pioneira, S.Paulo, 1966.
Como relatado anteriormente, CG7 afirma ter 1.000 congregações no Brasil (CG7 in South America, 1000 Congregations in Brazil). Bíblia Fundo de Graham Davies também mantém contato com alguns observador do sábado no Brasil. UCG tinha (ou costumava ter) a poucas congregações no Brasil. A igreja viva de Deus (LCG) tem pelo menos uma congregação no Brasil.
Dois artigos de informação, possivelmente relacionada podem incluir:
Mexico, Central America, South America, and Brazil in Prophecy [Español: México, America Central, Suramérica, y el Brasil en profecíal] [Português: México, América Central, Ámérica do Sul, e Brasil na profecia] What will happen to those of Latin America? Will they have prosperity? Will they cooperate with Europe? Will they suffer in the future? What rule might the various Caribbean nations/territories play?
Which Is Faithful: The Roman Catholic Church or the Living Church of God? Do you know that both groups shared a lot of the earliest teachings? Do you know which church changed? Do you know which group is most faithful to the teachings of the apostolic church? Which group best represents true Christianity? This documented article answers those questions. Português: Qual é fiel: A igreja católica romana ou a igreja viva do deus? Tambien Español: Cuál es fiel: ¿La iglesia católica romana o La Iglesia del Dios Viviente? Auch: Deutsch: Welches zuverlässig ist: Die Römisch-katholische Kirche oder die lebende Kirche von Gott?
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